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Como fazer integração de novas e novos repórteres na equipe

Tempo de leitura: 3 minutos
Objetivos

– Receber e fazer a integração de novas e novos profissionais na redação ou no projeto de jornalismo
– Fortalecer a transparência e a cultura organizacional da sua iniciativa
– Manter alinhamentos institucionais com toda a equipe
– Promover a autogestão de todas e todos colaboradores, funcionárias e funcionários, a partir da orientação inicial
– Dar segurança e tranquilidade às pessoas recém-chegadas para trabalharem
– Promover o cuidado integral com as pessoas que integram sua organização
– Atualizar a equipe sobre mudanças nas orientações e na organização da sua iniciativa

Referências

A pandemia do COVID-19 provocou em várias organizações de jornalismo a migração para um sistema de trabalho completamente online e remoto. Assim, iniciativas que nunca haviam experimentado essa dinâmica de trabalho precisaram rapidamente se adaptar. Nesse contexto, a Énois construiu pela primeira vez na sua história um processo seletivo coletivo e remoto, e uma estratégia de cuidado para a chegada de novas e novos colaboradores. Como poderíamos fazer a pessoa se sentir bem-vinda sem tomar um café e comer um bolo juntas, na cozinha da Énois? A criação de um “guia de boas-vindas” foi a resposta a que chegamos. A construção desse material endereça tanto à necessidade de informar a pessoa recém-chegada sobre a organização e ser um material de consulta, como à necessidade de integração afetiva dessa pessoa num espaço ainda pouco conhecido. 

Resultados

. Sensação de acolhimento, organização e confiança de quem está chegando

. Organização das principais informações de recursos humanos em um mesmo local

. Demonstrar transparência sobre os processos da organização a quem está chegando

. Facilitação das consultas individuais aos processos da equipe sem mediação 

Como medir

. Percepção e feedback informal dos nossos contratados

. Consultas formais à equipe sobre o guia de chegada

. Feedbacks a cada seis meses

Passo a passo

Atenção e cuidado com as pessoas. Pense em como você quer receber as pessoas que chegam na sua instituição, quais valores quer demonstrar, como quer que ela se sinta. É preciso ter prudência e cuidado com processos de admissão, desligamento e demissão, e pensar em cada etapa.

Formato e a linguagem. Sempre se pergunte qual o perfil da sua equipe e o que são capazes de produzir, além de quanto em recurso você tem para investir para o desenvolvimento do guia. Isso vai ajudar a definir o formato e a linguagem do guia de chegada. Na Énois, optamos por uma apresentação em formato PDF, com textos curtos e vários links: é barato, fácil de fazer e de acessar em qualquer canal. 

Perguntas base. Responda perguntas básicas sobre a organização – e o projeto em questão, se for o caso. Essas são as perguntas que vão guiar o sumário do seu guia. Na Énois, nós respondemos: O que é a Énois, o escopo do nosso trabalho, nossos princípios, onde e como começamos, etc. 

O guia da Énois é dividido da seguinte forma:

  1. O que é a Énois
  2. História da Énois
  3. Organização da equipe
  4. Combinados (carga horária, contrato de trabalho, salário, conduta no espaço físico, datas de pagamento, equipamentos, etc)
  5. Projetos captados 
  6. Primeiros passos (registro de RH, financeiro, etc)
  7. Primeira semana
  8. Os três primeiros meses
  9. Código de conduta
  10. Formação continuada
  11. Grupos de e-mail
  12. Redes sociais
  13. Sites
  14. Como funcionam as contratações
  15. Como funcionam os desligamentos
  16. Perguntas e opiniões

Integração. Definir bem como vai ser o processo de integração (onboarding ou embarque, na linguagem corporativa) e os primeiros dias, semanas ou meses de trabalho e estudo (se necessário), para que isso tudo esteja descrito no guia. 

Objetividade. O guia deve dar muitas informações sobre cada processo da sua organização: quem é a equipe, o que cada integrante faz, quais os projetos realizados, a história, a missão e os valores da organização, os códigos de conduta, etc. Cada informação, entretanto, deve ser dada de maneira pontual. Sem grandes textos, apenas parágrafos curtos. 

Informações estratégicas. Endereçar informações estratégicas para a instituição, como políticas e protocolos de conduta, estratégias de captação de recursos e fluxos de trabalho é importante para que a pessoa consiga se inserir de maneira rápida na cultura da empresa. 

Ilustração e apelo visual. Coloque fotos da equipe, para dar a dimensão humana do trabalho realizado. Esse é um momento importante para a construção das relações com a pessoa recém-chegada. Capriche no apelo visual.

Materiais extra. Você também deve encaminhar materiais extras, como relatórios de atividades e planejamento para os próximos anos, além de sugestões de newsletter para assinar, outras leituras, tutoriais e vídeos de referência.

Tranquilize a pessoa recém-chegada. Os materiais devem ser lidos e consultados ao longo do período de integração, e sempre que houver dúvidas. Não existe pressa para absorver todas as informações sobre o projeto ou a organização. 

Autogestão. O guia pode ter um formato autogestionário. A partir de  orientações e links, deve ser possível criar o e-mail, assinatura, etc, se tornando um documento que utiliza a via de mão dupla para ser usado.

Desligamento. Endereçar também questões de possíveis desligamentos (isso será formalizado no contrato, mas é importante ter algo que tranquilize a pessoa recém-chegada e não deixe não-ditos). Isso também precisa estar bem alinhado na organização antes de explicar como acontece num guia de chegada.

Atualize. É fundamental manter um arquivo que possa ser atualizado de tempos em tempos, conforme as informações forem mudando.

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