Objetivo
- Mostrar como espaços de escuta podem ser uma ferramenta de cuidado
- Tornar o ambiente de trabalho mais humanizado e elevar a empatia da produção
- Mostrar como esses espaços podem expandir os horizontes da sua organização, proporcionando integração, colaboração e inovação na equipe
Referência
A Énois fez uma pesquisa e experimentos internos para abrir espaços de escuta e mediação com a equipe. Ouvir os residentes, conhecer as condições para facilitar o desenvolvimento e lidar com as angústias de forma livre e transparente foi fundamental para entender a missão e o trabalho desenvolvido e compartilhado com outras organizações jornalísticas. Além disso, a Énois participou desse processo de construção de equilíbrio emocional para redações como a Folha de S.Paulo. O treinamento foi oferecido pelo jornalista Guilherme N.Valadares, especialista em saúde emocional dos jornalistas e pesquisador do impacto emocional que os conteúdos geram nos leitores. Fundador do PapodeHomem, Valadares é também diretor de pesquisa no Instituto PdH e professor certificado do programa CEB (Cultivating Emotional Balance).
Resultados
- Melhor comunicação e apoio entre a equipe
- Construção de uma cultura de respeito e diálogo à oposição a de silêncio
- Abertura de espaço para diálogo, questionamento e construção horizontal
- Criação de espaços seguros de acolhimento fundamentais para a inclusão da diversidade
- Equilíbrio emocional da equipe
Como Medir:
> Olhe para as demandas trazidas pela equipe e verifique se todas receberam algum encaminhamento, assim você pode mensurar o nível de “conclusão’ das questões trazidas
> Periodicamente, faça uma pesquisa de avaliação sobre o equilíbrio emocional da equipe
Passo a passo
Comece pelo começo. Faça um “raio-x emocional” da sua redação, elencando os valores, protocolos de trabalho e boas práticas. Isso vai te ajudar a identificar pontos, ferramentas e espaços que possibilitem a criação da escuta. Se cadastre aqui para ter acesso a um modelo de questionário que você pode aplicar já em sua redação, para ter um raio-x emocional dos jornalistas. Esse questionário é fruto de trabalho colaborativo entre a Énois e o pesquisador Guilherme Valadares, a partir de um modelo previamente desenvolvido pelo Instituto PDH.
Caso não seja viável ou não faça sentido realizar uma pesquisa quantitativa sobre saúde emocional com a redação nesse momento, você pode usar as “11 perguntas para saber quão emocionalmente preparada está a redação” em uma roda de conversa para abrir o assunto e começarem a sonhar mudanças.
Esteja sempre com a equipe. Junto com a equipe, escolha horários disponíveis para conversas onde todos possam estar reunidos. Faça com que todos entendam que esta não é mais uma reunião comum, mas sim um espaço de escuta e troca. Para isso, prepare o ambiente, tornando-o mais acolhedor. Se for presencial, café, chá, bolo, são bem-vindos.
Quebre o gelo e use rituais. Comece a conversa em tom leve, tirando os participantes da rotina acelerada da redação. Dinâmicas e exercícios de respiração, podem ajudar. Estabelecer um ritual para essas conversas também vai ajudar nos encontros seguintes: pense em como começar, conduzir e fechar os encontros.
Crie pautas para os encontros. A partir das demandas que surgirem durante as conversas, crie as pautas seguintes. Crie pautas para o encontro, a partir das demandas que surgirem durante as conversas. Exemplo: – vamos falar sobre como a equipe se sentiu realizando o último trabalho, como a equipe está lidando com novas mudanças. Temas que possam interseccionar desconfortos pessoais mas atravessam o trabalho.
Escolha alguém da equipe para conduzir. Quem ou qual grupo irá conduzir os encontros? Será a chefia, um repórter, alguém do RH? É importante escolher alguém que tenha facilidade para esse tipo de condução. Convidados também podem participar dos encontros como “especialistas”. Exemplo: no último encontro surgiu a demanda para se falar sobre o que e o autocuidado. Então, o convidado irá conduzir o encontro falando sobre isso. Trazer uma visão de fora pode auxiliar no entendimento das questões.
Registre os encontros. Crie atas, registro das conversas, pontos principais, as pessoas que participaram e outras informações importantes. Assim, além de ter um documento para medir as assuntos, fica mais fácil de identificar as demandas e pautas, para pensar possíveis encaminhamentos e ter um norte na hora de pensar os encontros seguintes.
Encaminhe as questões. Toda escuta efetiva pressupõe o deslocamento de uma alguns questões, isso dá credibilidade para esse espaço e faz com que a missão de manter um ambiente de trabalho mais saudável pela via da escuta, se consolide. Além disso, esse espaço por si só não basta. É preciso ouvir e dar encaminhamentos às demandas trazidas.
Links úteis
https://docs.google.com/document/d/1jFYdrW9XWNWxTKvSYBpIP3cGooyV3pdRVzz57RXYz78/edit?usp=sharing